Então gente, esse é o primeiro texto extremamente pessoal que eu mostro aqui no blog. Eu costumo escrever muito, pensamentos soltos, poesias que eu gosto e copio, e texto meus, normalmente sobre o que eu estou sentindo. Por favor, não acabem comigo se não gostarem, porque já está sendo "difícil" demais me expor assim. Mas sabe quando você sente tanta coisa junta que precisa se expressar de algum jeito? Pois é, é sobre isso que esse texto se trata. Vamos deixar bem claro que esse em algumas partes do texto eu não me refiro apenas sobre relação namorado/namorada ou marido/mulher e sim sobre relacionamentos que envolvam amor no geral. E não, eu não estou fazendo isso por causa do dia dos namorados que está chegando. Bom vamos lá.
Tudo estava indo tão bem e ai basta uma coisa se desencaminhar, para tudo começar a dar errado. É impressionante. Cada dia que passa eu me sinto mais confusa. Confusa comigo mesma, com tudo ao meu redor. É difícil manter um sorriso no rosto com todos esse pensamentos perambulando pela minha mente. Quem convive comigo provavelmente não desconfia nem da metade do que acontece dentro de mim. Em uma hora tudo são flores e na outra parece um pesadelo. Não sei explicar ao certo o que eu sinto, e se você me perguntar, provavelmente responderei "está tudo ótimo". Sempre me questiono: será que isso é só comigo? Coisas que me assombravam no passado, e aparentemente eu havia superado, voltando atona. E ai eu paro e penso: o que há de errado? Evito o máximo pensar em algumas coisas, mas chegar uma hora que não dá mais para aguentar. Mesmo criando uma barreira mental, tais assuntos burlam a regra de "nunca serem comentados". Tenho vontade de sair gritando por ai. Isso sem falar os surtos de raiva, ou de tristeza. E algumas vezes até de felicidade.
Outra coisa que eu nunca entendi são essas frases "mais amor por favor" e "amor é importante". Nunca fui de me apegar muito as pessoas. Mentira. Depois de levar muito na cara, é que você acaba assim, desiludida. Acho que a minha primeira "desilusão" amorosa foi quando eu tinha uns 6 anos. Sabe quando você está no primeiro ano e tem aquele menininho que você gosta, mas ele não liga para você porque tem coisas mais importantes para se importar? Pois é, isso acontece comigo há 11 anos. É sempre a mesma coisa. Gostar de alguém que não corresponde, ou quando corresponde, você acaba perdendo a oportunidade por infelicidades do destino. Isso acaba gerando uma insegurança enorme. Medo de arriscar, medo de acontecer tudo de novo. Mas acho que o pior de tudo mesmo, é a decepção. Achar que você conhece uma pessoa, e no final ela se mostrar alguém completamente diferente é absurdamente ruim. E não estou falando apenas de relacionamentos amorosos. Com amigos, familiares, conhecidos é assim também. Sempre deixo escapar. E não é por descaso. Tem coisas na vida que apenas não dá para evitar. Talvez seja eu. Não, com certeza sou eu. Uma coisa que escuto desde pequena: uma pessoa se afasta de você, o problema é dela. Quando duas pessoas se afastam de você, o problema é seu. E não é que faz todo o sentido? Nunca fui de correr atrás, sempre tive aquela mentalidade "se fulano(a) gosta mesmo de mim, vai me procurar, vai me chamar pra sair, vai me chamar para fazer alguma coisa". Acho que ta ai o problema. Criar expectativas. Odeio criar expectativas, desde festas até amizades ou relacionamentos. Não existe coisa pior no mundo do que você criar várias cenas na sua cabeça e nenhuma delas se realizar. Isso realmente acaba com qualquer um. Sem falar na nostalgia que bate de vez em quando, muitas vezes de coisas que nem chegaram a acontecer. Só eu me sinto assim? Sentir saudades de coisas que nem chegaram a ocorrer? Ando sem paciência para falsos amores (ou suspeitas de). Amores de uma semana, um mês ou até mesmo um ano não me interessam no momento. Prefiro paixonites passageiras, sem expectativas, sem saber aonde vai dar. São dai que as melhores histórias, amizades e até mesmo romances saem. Mas mesmo assim, ando sem tempo (e interesse) para o amor.
Além disso, nunca segui os "padrões normais" de beleza, o que pode complicar muito as vezes. Sempre fui a mais gordinha do grupo, a com roupas esquisitas, que escuta música diferente e gosta de coisas bizarras. No fundo do fundo, é só um jeito de encontrar quem eu realmente sou e de me auto-afirmar. Escutei a minha vida toda "nossa, como você usa isso?" ou "que cabelo é esse, Agatha?" e sabe de uma coisa? Eu gosto pra caramba de ser assim. Gosto de me destacar, a monotonia me entedia. Nunca pensei em (e nem quis) mudar pelos outros. Se eu tiver que mudar, que seja por mim. É aquela velha história, você tenta agradar todo mundo e acaba não agradando ninguém. Então, se for para agradar alguém, que seja a mim. Me sinto bem quando alguém me elogia por ser "desse jeito" ou por alguma atitude diferente que eu tenho. Mas as vezes, essa mesma "diferença" que atrai pessoas, as afasta. Quantas vezes já me senti julgada com apenas um olhar? Pessoas que nunca falaram comigo, não me conhecem, não sabem se eu sou legal ou não, me julgando apenas pela minha aparência. Não vou ser hipócrita e falar que nunca fiz isso. Atire a primeira pedra alguém que nunca julgou alguém sem ao menos conhece-lo. Mas não gostar de alguém por causa da aparência dela, para mim é pura babaquice.
Depois de uma longa reflexão, no geral, não tenho o que reclamar de minha vida. Muito pelo contrário, graças a tudo que vivi sou quem eu sou hoje. E tenho muito orgulho disso. Apenas me sinto confusa as vezes em relação aos meus sentimentos, sobre como agir, sobre o que pensar. Só não me sinto confusa de uma coisa, de quem sou. Posso até ser uma e ser vinte ao mesmo tempo, mas nunca deixarei de ser eu. Acho que isso acontece, né? Um beijo, Agatha.
Não e só voce =)
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